Brasil, 06 de março de 2025
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Lula condena proposta de Trump de transformar Gaza na “Riviera do Oriente Médio

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas ao plano do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a Faixa de Gaza, que sugeria deslocar os palestinos da região e transformá-la em uma área turística chamada de “Riviera do Oriente Médio”. Lula considerou que tal proposta desrespeita a dignidade humana e a soberania do povo palestino. Ele reiterou que a única solução viável para o conflito é a paz, com a criação de um Estado Palestino.

Durante uma entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, na quinta-feira (6), Lula condenou a ideia de Trump, argumentando que ninguém poderia criar um lugar próspero em uma área marcada por sofrimento e mortes. “Tentar normalizar essas coisas, dizer ‘vamos tirar o povo palestino e fazer uma Riviera’. Não. Ninguém vai fazer um lugar bonito em cima de milhares de cadáveres de mulheres e crianças”, afirmou o presidente, destacando a tentativa de desumanizar o povo palestino.

Lula também frisou a importância do humanismo, da fraternidade e da solidariedade no tratamento da Palestina. “O que estamos precisando é de um pouco de humanismo, de fraternidade, de solidariedade, de compreensão de que somente com muita paz é que o mundo pode viver tranquilo”, afirmou, ressaltando que o olhar do mundo deve ser mais responsável em relação à Palestina. Ele destacou que o que ocorre em Gaza é um genocídio, mais do que uma guerra, com um grande número de vítimas civis, em sua maioria mulheres e crianças.

O presidente também abordou a responsabilidade dos Estados Unidos em sua postura internacional. Embora reconheça a potência do país, Lula afirmou que os EUA “não são donos do mundo”. Ele criticou a política externa de Trump e sua ingerência nas decisões de outros países, destacando a importância de respeitar a soberania nacional. Lula lembrou a postura dos EUA ao longo da história, quando passaram a imagem de serem o “xerife do mundo”. Em seu governo, Trump fez declarações polêmicas, como a intenção de ocupar o Canal do Panamá, anexar a Groenlândia ou tratar o povo palestino de forma desrespeitosa.

Para Lula, a democracia é a melhor forma de governança, sendo essencial para o bem-estar global. Ele reafirmou sua defesa da democracia, afirmando que somente ela pode garantir que o mundo viva de maneira digna. Lula concluiu enfatizando a necessidade de respeitar as escolhas soberanas dos povos e de combater qualquer tipo de interferência externa nas eleições de outros países, algo que considera vital para a preservação da paz mundial.