Brasil, 04 de julho de 2025
Siga Nossas Redes
Últimas Notícias

Palestinos em Gaza rejeitam plano de Trump de retirá-los do território: “não sairemos

Publicado em atualizado às 15:11

Na noite de terça-feira (4), ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Washington, Trump declarou que deseja a remoção permanente de “todos os moradores” de Gaza.

“Não sairemos”, afirmou Hatem Azam, um morador de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, que, como a maioria dos palestinos, está indignado com a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirá-los de Gaza “Trump acha que Gaza é um monte de lixo. É mentira!”, disse Azam, de 34 anos, irritado com as palavras que o presidente dos Estados Unidos usou ao falar de seu plano.

A declaração de Trump provocou fortes reações na comunidade internacional e aumentou as preocupações sobre o futuro do território palestino. No final de janeiro, o presidente dos Estados Unidos já havia mencionado a ideia de “limpar” a Faixa de Gaza e transferir os palestinos para países árabes.

“Ele quer obrigar o Egito e a Jordânia a acolher migrantes, como se fôssemos propriedade dele”, criticou Hatem Azam. “”Trump e Netanyahu precisam entender a realidade do povo palestino e da população de Gaza. Trata-se de um povo profundamente enraizado na sua terra. Não sairemos”.

Egito e Jordânia rejeitaram a proposta, enquanto diversos países denunciaram o plano como uma forma de “limpeza étnica”.

Hab Ahmed, outro morador de Rafah, lamentou que tanto Trump quanto Netanyahu “ainda não compreendem o povo palestino” e sua profunda ligação com a terra. Segundo Ahmed, os palestinos aprenderam a lição da guerra de 1948, que ocorreu após o fim do mandato britânico. Na época, centenas de milhares de palestinos foram expulsos de suas casas com a criação de Israel e nunca tiveram permissão para retornar.

Em resposta à declaração de Trump sobre a retirada dos palestinos de Gaza e a possível administração do território pelos EUA, o Escritório de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, afirmou nesta quarta-feira (5) que “qualquer transferência forçada” de palestinos para fora de Gaza é “estritamente proibida” e representaria uma violação do direito internacional.

(Com informações France Presse e G1)