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Musk pede que Alemanha esqueça a culpa pelo passado nazista e é criticado
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O bilionário Elon Musk foi alvo de críticas após fazer uma declaração polêmica em um comício do partido de extrema direita alemão (AfD) no sábado (25/1). Na ocasião, ele afirmou que os alemães deveriam deixar de lado a “culpa pelo passado, pelos pecados de seus bisavós”.
Essa fala, que minimiza a responsabilidade histórica da Alemanha em relação ao regime nazista, foi amplamente rejeitada, especialmente considerando o peso da memória do Holocausto e a recente marca dos 80 anos da liberação de Auschwitz, comemorada nesta segunda-feira (27/1). O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, chamou a fala de Musk de “familiar e ameaçadora demais”, enquanto o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, comentou em apoio a Tusk: “Eu só posso concordar”. Na semana passada, durante uma cerimônia em memória das vítimas de Auschwitz, Scholz reiterou que o Holocausto representa uma “responsabilidade permanente” para a Alemanha e que é dever de cada alemão lembrar o que aconteceu durante o regime de Hitler, independentemente da sua origem familiar ou religiosa. “Não devemos nem aceitaremos qualquer relativização”, afirmou.
Dani Dayan, presidente do Memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, também criticou Musk, destacando que “recordar e reconhecer o passado sombrio do país e do seu povo deve ser o foco da formação da sociedade alemã”. Segundo ele, ignorar isso seria um “insulto às vítimas do nacional-socialismo” e um “perigo claro para o futuro democrático da Alemanha”.
O embaixador alemão em Israel, Steffen Seibert, também se manifestou contra o bilionário, sugerindo que “Elon Musk parece não conhecer bem o nosso país”.
