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Governo Lula pode reduzir alíquotas de importação para derrubar preço de alimentos
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou nesta sexta-feira (24) que o governo está considerando ajustar as alíquotas de importação de produtos cujos preços no Brasil estejam mais altos do que no mercado internacional, como uma forma de reduzir o custo dos alimentos no país. A declaração foi feita após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para discutir medidas voltadas à redução da inflação e do custo de vida.
Costa destacou que, para o ano de 2025, há a expectativa de uma supersafra agrícola, o que deverá aumentar a oferta de alimentos no país e contribuir para a diminuição dos preços. No entanto, ele enfatizou que a formação dos preços no Brasil ocorre de forma natural, determinada pelo mercado, e não por fatores artificiais. O ministro também frisou que o aumento dos preços dos alimentos foi influenciado principalmente pela alta das cotações internacionais das commodities, o que está fora do controle direto da economia brasileira.
De acordo com o ministro, o governo não adotará medidas “heterodoxas” para tentar controlar os preços, como o congelamento de preços ou tabelamento, e não haverá uma fiscalização agressiva sobre os mercados. Costa citou uma brincadeira feita por Lula, que afirmou que não haverá “fiscal do Lula” nos supermercados e feiras do país. Ele também descartou a criação de redes estatais de supermercados ou lojas para controlar a venda de produtos, afirmando que essa não é uma estratégia viável.
Em relação à inflação, Costa reconheceu que, em 2024, o Brasil ultrapassou o teto da meta, com os alimentos sendo um dos principais responsáveis por pressionar os preços. Esse cenário levou o presidente Lula a expressar preocupação com o impacto dos altos preços no poder de compra dos trabalhadores. O presidente, inclusive, defendeu ações governamentais para amenizar essa situação e tornar os produtos mais acessíveis.
O ministro Rui Costa também falou sobre a importância de direcionar o foco do governo para políticas públicas que beneficiem diretamente a população de baixa renda, com maior ênfase nos produtos da cesta básica. Uma das medidas em análise envolve a redução dos custos associados às operações com vale-alimentação, buscando diminuir a intermediação e, assim, tornar o benefício mais eficiente.
Além disso, o governo continuará dialogando com o setor privado, especialmente com as redes de supermercados e frigoríficos, para avaliar possíveis ações conjuntas que possam contribuir para a redução dos custos. A intenção é criar um ambiente colaborativo entre o poder público e o setor privado para enfrentar os desafios econômicos e promover uma maior estabilidade no mercado de alimentos.
Essas medidas buscam, portanto, equilibrar a oferta de alimentos no mercado interno e controlar a pressão sobre os preços, ao mesmo tempo em que o governo mantém uma postura cautelosa em relação à adoção de intervenções econômicas radicais.
