Brasil, 19 de abril de 2025
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Bolsonaro diz que desperta todos os dias com a sensação de ter a PF na porta de sua casa

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) revelou nesta quarta-feira (22) que acorda todos os dias com a sensação de ter a Polícia Federal (PF) à sua porta. Indiciado em três investigações, ele expressou o temor de ser alvo de um mandado de prisão. “Acordo todo dia com a sensação da PF na porta. Qual acusação? Não interessa”, afirmou Bolsonaro, que foi filmado recentemente chorando no aeroporto após ser impedido de comparecer à posse de Donald Trump.

Bolsonaro está sendo investigado pela PF em diversos casos, incluindo a tentativa de golpe, uma possível fraude no cartão de vacinação para viagem aos Estados Unidos e o caso das joias recebidas da Arábia Saudita. A mais recente investigação, que o indiciou em novembro do ano passado, envolve acusação de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Dentro dessa mesma investigação, o general Braga Netto, candidato a vice-presidente de Bolsonaro nas eleições de 2022, foi preso em dezembro. A prisão preventiva foi justificada pela tentativa de obstruir as investigações, particularmente em relação à delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Em entrevista ao canal Auriverde Brasil, o ex-presidente também defendeu a decisão de Donald Trump de retirar os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Bolsonaro ressaltou as ações tomadas durante a pandemia de Covid-19 e, sem apresentar provas, acusou o presidente da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, de estar subordinado ao Partido Comunista Chinês (PCC).

Bolsonaro também lamentou a impossibilidade de comparecer à posse de Trump. Investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do golpe de Estado, Bolsonaro está com o passaporte retido e não obteve autorização para viajar. O ministro Alexandre de Moraes seguiu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou que a solicitação de liberação do passaporte tinha apenas um “interesse privado”.

“Eu queria estar nos Estados Unidos para ter essas conversas (com líderes)… Nunca pensei em sair do meu país em definitivo. Eu saí lá atrás e poderia ter ficado, mas vou lutar pelo meu país”, disse Bolsonaro, em mais um momento de lamentação.