Brasil, 29 de janeiro de 2025
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PGR denuncia Léo Índio, primo dos Bolsonaro, por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, por diversos crimes. As acusações incluem associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros delitos. A informação foi inicialmente divulgada por Nilson Klava, da GloboNews. Léo Índio esteve envolvido nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

Na denúncia, a PGR requereu uma “medida cautelar patrimonial”, solicitando o sequestro e a indisponibilidade de bens e valores de Léo Índio. Durante os protestos, ele foi flagrado postando fotos nas redes sociais, incluindo imagens tiradas no topo do Congresso Nacional e nas imediações do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma dessas postagens, Léo Índio aparece com os olhos vermelhos, alegando que o desconforto foi causado pelo uso de gás lacrimogêneo pela Polícia Militar.

Léo Índio tem um histórico polêmico. Já atuou como assessor parlamentar, inicialmente no gabinete do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), mas pediu exoneração após o político ser flagrado com R$ 33.150 escondidos na cueca durante uma operação da Polícia Federal em 2020. Pouco depois, Léo Índio foi nomeado para o cargo de assessor na Primeira Secretaria da Casa, função liderada pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC).

A denúncia contra Léo Índio faz parte de uma série de investigações em andamento sobre os responsáveis pelos atos de 8 de janeiro. Esses eventos foram amplamente criticados por tentarem desestabilizar as instituições democráticas do Brasil. A PGR continua a apurar a participação de diversas figuras envolvidas nos ataques, e a medida cautelar solicitada pode resultar no bloqueio do patrimônio dos envolvidos diretamente nas invasões.

Léo Índio ganhou destaque nas redes sociais ao divulgar uma campanha de financiamento para os atos golpistas, solicitando doações por meio de criptomoedas. Por conta disso, passou a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das redes sociais de Léo Índio, além da apreensão de uma chave Pix divulgada por ele para arrecadar as doações.