Brasil, 21 de janeiro de 2025
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Onça-parda tem morte cruel após ser encurralada e torturada; Ibama investiga crime

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Um vídeo em que uma mulher armada mata uma onça-parda e comemora o feito gerou uma grande repercussão nas redes sociais, provocando revolta e indignação. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que está tomando as providências necessárias para identificar a mulher responsável pelo crime.

Nas imagens, a mulher aparece com uma espingarda em uma área de vegetação, acompanhada por outros indivíduos. Juntos, eles caçam uma onça-parda que estava encurralada em cima de uma árvore. Após algum tempo, a mulher dispara contra o animal, que cai e é imediatamente atacado por quatro cachorros. A mulher, visivelmente satisfeita, grita em comemoração: “Eu matei uma onça!”. Sua alegria diante da morte do animal causou uma onda de revolta nas redes sociais e atraiu a atenção do público e das autoridades.

O Ibama, em resposta à repercussão do vídeo, anunciou que está conduzindo uma investigação para localizar a mulher e o local exato onde o crime ocorreu. A responsável pela morte do animal pode ser penalizada com sanções tanto de natureza criminal quanto administrativa. No Brasil, ações como essa são tratadas com extrema seriedade devido às leis de proteção à fauna silvestre.

De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), a mulher pode ser processada por violar o artigo 29, que pune com pena de prisão de seis meses a um ano, além de multa, quem matar, perseguir, caçar ou capturar animais silvestres sem a devida autorização do órgão competente. Além disso, o artigo 32 da mesma lei trata dos maus-tratos a animais, estabelecendo penas de três meses a um ano de prisão, além de multa, para aqueles que cometerem atos de crueldade contra animais, seja em relação a espécies silvestres ou domésticas.

O caso também pode envolver penalidades previstas no Decreto nº 6.514/2008, que trata das infrações ambientais. Se confirmada a morte de uma espécie ameaçada de extinção, como é o caso da onça-parda, a mulher pode ser multada em até R$ 5 mil. Além disso, caso sejam configurados maus-tratos, a multa pode variar de R$ 500 a R$ 3 mil, conforme o tipo de infração.

A onça-parda, também conhecida como suçuarana ou puma, é uma espécie que está classificada como “quase ameaçada” de extinção, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Sua presença no Brasil está em risco de redução devido à caça ilegal e à perda de habitat. Além de seu valor ecológico, a onça-parda desempenha um papel fundamental na manutenção do equilíbrio ambiental, sendo um predador de topo que regula as populações de outras espécies.

Confira o vídeo: