O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou emoção ao comentar sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que o impediu de viajar para os Estados Unidos para participar da posse do presidente eleito, Donald Trump. Bolsonaro estava no aeroporto de Brasília, na manhã deste sábado, 18, quando acompanhava a esposa, Michelle Bolsonaro, que integra a comitiva brasileira que seguirá para o evento de posse em Washington, EUA.
Em um desabafo visivelmente abalado, Bolsonaro revelou estar profundamente chateado com a situação. “Estou chateado, estou abalado ainda, né?”, afirmou, demonstrando seu desconforto com a decisão que o impediu de viajar.
Durante uma conversa com jornalistas, o ex-presidente aproveitou para criticar a atitude do ministro, embora não tenha citado seu nome diretamente. Bolsonaro afirmou que enfrenta uma “enorme perseguição política” por parte de uma única pessoa, que, segundo ele, teria o poder de interferir de maneira decisiva na vida de milhões de brasileiros. “Essa pessoa decide a vida de milhões de pessoas no Brasil. Ele e mais ninguém. Ele é o dono do processo. Ele é o dono de tudo”, disse, indicando que a decisão sobre sua viagem foi tomada de forma unilateral.
Bolsonaro também criticou o comportamento do ministro do STF, destacando que ele age de forma autoritária ao ignorar decisões de outras autoridades, como o Ministério Público, e ao tomar atitudes sem dar satisfação a outras instâncias. “O objetivo é eliminar a direita do Brasil”, pontuou o ex-presidente, reafirmando seu posicionamento político.
O ex-presidente também lamentou o fato de não poder comparecer à posse de Trump, ressaltando que não tem condenações contra ele e que a situação está sendo acompanhada pela imprensa internacional. “Não vou permitir que nos vençam com narrativas”, declarou, frisando que é injusto que uma única pessoa no STF tenha o poder de decidir de forma tão abrangente sobre a vida de qualquer cidadão.
Além de Michelle Bolsonaro, que fará parte da comitiva, também estará presente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que acompanhará a posse de Trump nos Estados Unidos. A situação gerou repercussão não apenas no Brasil, mas também em outros países, onde a decisão de Moraes foi amplamente comentada.
