O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse a Sidônio Palmeira nesta terça-feira (14), no Palácio do Planalto. O publicitário assume a Secretaria de Comunicação (Secom) no lugar do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que, durante os dois primeiros anos do governo, teve a tarefa de reestruturar o órgão. O PT destacou que uma das principais missões de Sidônio será enfrentar uma das mais notórias estratégias políticas da extrema direita: a propagação de mentiras.
O novo ministro Secom contratou para a sua equipe Mariah Queiroz, que trabalhou com as redes sociais do prefeito do Recife, João Campos (PSB). A nova integrante da Secom vai substituir Brunna Rosa na Secretaria de Estratégias e Redes, que deve ir para a equipe da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja da Silva.
Em seu discurso, Sidônio classificou como “cortina de fumaça” a desinformação promovida pelos radicais de direita e fez duras críticas às mudanças na política de conteúdo da Meta, que ocorreram após a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. “Medidas como as recentemente anunciadas pela Meta são prejudiciais, pois violam direitos fundamentais e desafiam a soberania nacional”, afirmou.
Na visão do novo chefe da Secom, a disseminação de mentiras nos ambientes digitais tem um impacto devastador, pois manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade. “Ela aprofunda o negacionismo, fomenta a xenofobia e as violências raciais e de gênero, e promove um revisionismo histórico”, afirmou Sidônio. Segundo ele, esse processo ocorre sob o comando de um “charlatanismo político” que promete prosperidade imediata, ao mesmo tempo em que pavimenta uma cultura de ódio, cancelamento e individualismo.
O deputado Paulo Pimenta, que deixa a Secom, agradeceu a confiança do presidente Lula e ressaltou o trabalho realizado nos últimos dois anos. “O presidente sempre diz que, para colher, é preciso plantar. E foi exatamente isso o que fizemos. Nos dois primeiros anos, nós plantamos e organizamos a casa”, afirmou Pimenta.
Trajetória Profissional
Sidônio Palmeira, que tem 66 anos e é natural da Bahia, é formado em engenharia, mas iniciou sua carreira na área de comunicação em 1992. Nesse ano, ele foi responsável pela campanha que elegeu a então deputada Lídice da Mata à Prefeitura de Salvador.
O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Sidônio Palmeira, contratou para a sua equipe Mariah Queiroz, que trabalhou com as redes sociais do prefeito do Recife, João Campos (PSB). A nova integrante da Secom vai substituir Brunna Rosa na Secretaria de Estratégias e Redes, que deve ir para a equipe da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja da Silva.
Sua proximidade com o Partido dos Trabalhadores (PT) começou em 2006, quando liderou a bem-sucedida campanha de Jaques Wagner ao governo da Bahia. Em 2010, Sidônio desempenhou papel fundamental na campanha de Rui Costa, que também conseguiu se eleger governador da Bahia.
Além de sua trajetória na política estadual, Sidônio Palmeira também atuou em campanhas nacionais. Em 2018, ele foi um dos responsáveis pela campanha de Fernando Haddad à presidência da República, em uma eleição marcada pela polarização com o então candidato Jair Bolsonaro. Sidônio também teve papel importante na campanha presidencial de Lula em 2022, quando o ex-presidente enfrentou Bolsonaro novamente, em uma disputa marcada por intensas tensões políticas e ideológicas.
Sidônio Palmeira, portanto, traz uma longa experiência no campo da comunicação política e estratégica, o que deve ser fundamental para o trabalho à frente da Secom, especialmente em um momento tão desafiador, marcado pela intensa presença de fake news e pela crescente polarização nas redes sociais.
Com a posse, espera-se que o publicitário contribua para ua nova estratégia de comunicação do governo, especialmente na tarefa de combater a desinformação e promover uma narrativa política para resolver os problemas de comunicação da gestão petista.