Eleito com o discurso de gestor, o novo prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), consome os dias inaugurais de sua gestão imitando o modelo de marketing adotado pelo empresário João Doria quando esteve à frente da Prefeitura e do Governo de São Paulo.
Como Doria à época, Mabel faz de tudo para a aparecer nas redes sociais e não dispensa o manjado expediente de trajar indumentária de serviços da administração municipal.
O objetivo é tentar passar a imagem de engajamento nas frentes de trabalho da prefeitura, como o indefectível uso da farda da Guarda Municipal para ameaçar quem descarta lixo em lotes baldios ou do uniforme amarelo da Secretaria de Engenharia Trânsito e Mobilidade para subir na escada e remover semáforo numa movimentada avenida da capital.
É claro que tudo é jogada de marketing. Em busca de uma identidade, Mabel quer que a população o veja como um prefeito que coloca a mão na massa, mas entre a intenção e o gesto mora perigo do populismo barato.
O projeto de Doria não deu certo em São Paulo porque ele se tornou uma figura pasteurizada, plastificada por ações de marketing que acabaram não dando em nada. Mabel pode estar indo pelo mesmo caminho na capital goiana.
Enquanto isso, Goiânia assiste um remake de gosto duvidoso com a versão arroz com pequi de João Doria. Se vai dar certo ou não, o tempo vai dizer.