Na tarde de segunda-feira (6), um tiroteio na sede da Prefeitura de Osasco resultou na morte do secretário-adjunto da Segurança Pública da cidade, Adilson Custódio Moreira. De acordo com relatos de testemunhas, ao menos dez disparos foram efetuados durante o incidente, que gerou grande comoção na cidade e mobilizou equipes de segurança.
Segundo informações preliminares divulgadas pela mídia, o tiroteio teria começado após um desentendimento entre um guarda civil e o secretário-adjunto, ambos membros da corporação de segurança de Osasco. O guarda, que ainda não foi identificado, teria pedido uma reunião privada com Moreira na sala do secretário. Durante a conversa, o guarda manteve o secretário como refém até a chegada das equipes especializadas, incluindo o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais).
O desenrolar da negociação foi tenso. Após alguns minutos de diálogo, o atirador aparentemente cedeu e concordou em se entregar. No entanto, ao invadir a sala, as equipes de segurança encontraram o secretário já sem vida, com indícios de que ele havia sido baleado na cabeça. Informações preliminares indicam que o guarda civil envolvido no incidente era um profissional de longa data, com cerca de 40 anos de serviço na corporação.
De acordo com fontes da Prefeitura de Osasco, os tiros teriam sido trocados após uma discussão entre os dois guardas civis. A briga teria surgido em função de disputas internas, possivelmente relacionadas a cargos dentro da corporação. Uma testemunha afirmou que a disputa envolvia o fato de um dos guardas trabalhar diretamente com o prefeito, enquanto o outro buscava essa posição, gerando o conflito que culminou no trágico tiroteio.
A cena do crime foi cercada por diversas viaturas da Polícia Militar, além de agentes da Polícia Civil e outros profissionais que prestaram apoio no local. A situação gerou pânico entre civis e trabalhadores da região, que se viram obrigados a deixar a área enquanto as negociações e ações de segurança aconteciam.
Durante as negociações, uma equipe do GATE foi acionada e chegou ao local para tentar resolver a situação. Segundo informações da Band, os negociadores estabeleceram contato com o atirador por volta das 18h25, mas ele se recusou a fornecer provas de vida ou permitir que o secretário recebesse socorro médico, o que aumentou a tensão. O atirador teria exigido a presença de um advogado antes de se entregar, conforme relato de um colega de trabalho do guarda envolvido.
Após cerca de 20 minutos de negociação sem sucesso, a decisão foi tomada para que o GATE invadisse o prédio. A entrada foi feita com o objetivo de apreender o atirador e, ao mesmo tempo, tentar socorrer a vítima. No entanto, ao acessar a sala onde o secretário estava, os policiais encontraram o corpo de Adilson Custódio Moreira, já sem sinais vitais.
A Prefeitura de Osasco divulgou uma nota à imprensa esclarecendo os detalhes do incidente. De acordo com o comunicado oficial, o tiroteio ocorreu após uma discussão entre os dois guardas civis municipais, que estavam juntos na sala do Paço Municipal. A troca de tiros teria ocorrido em meio a um desentendimento sobre questões internas, relacionadas a cargos comissionados dentro da corporação.
A nota também informou que todos os funcionários que não estavam envolvidos diretamente na briga foram orientados a deixar o prédio para garantir a segurança de todos os presentes. O caso segue em investigação, e as autoridades locais trabalham para entender todos os detalhes que levaram ao trágico fim da vida de Adilson Custódio Moreira.