Brasil, 11 de maio de 2025
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Polícia de Santa Catarina mata homem com nanismo que entrou em surto psicótico

Publicado em atualizado em 06/01/2025 às 01:56

Ernesto Schimidt Neto, mais conhecido como Betinho ou “Anão da Solidão”, morreu neste sábado (4) em um suposto confronto com a Polícia Militar na Praia da Solidão, ao sul de Florianópolis. De acordo com informações da PM, Neto teria discutido com vizinhos e avançado contra os policiais portando uma faca. 

Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto para investigar os detalhes da operação. Segundo o comandante do 4° Batalhão da PM, tenente-coronel André Rodrigo Serafin, “Neto estava bastante alterado” no momento em que a primeira guarnição chegou ao local. “Ele partiu para cima” dos policiais com uma faca no momento em que tentaram conversar, afirmou o oficial.

Betinho teria entrado em surto psicológico e expulsou seus inquilinos ameaçando-os com uma faca. Após o transtorno, ele se trancou em sua casa e estava sozinho com uma faca em mãos. Segundo relatos, os inquilinos chamaram a polícia e mais de dez policiais arrombaram a porta de sua casa. “Os policiais dispararam mais de cinco tiros em um homem com menos de 1 metro de altura, tendo em vista que poderia ser facilmente controlado pelos policiais, que em nenhum momento tiveram essa intenção, confirmando que foi uma execução”, disse uma testemunha. 

Um amigo em comum teria se colocado à disposição para conversar com Betinho para acalmá-lo e fazer com que ele se entregasse, mas os policiais teriam impedido e começaram a atirar.

O caso

Por volta das 10h da manhã, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de ameaça envolvendo Betinho e vizinhos em uma rua da região. Segundo o relato dos agentes, ao chegarem ao local, encontraram o homem visivelmente transtornado e segurando uma faca. Apesar da suposta tentativa de diálogo inicial, Betinho teria investido contra os policiais, levando à reação letal.   

Quem era Betinho – Aos 48 anos, Ernesto Schimidt Neto era uma figura conhecida na cidade, não apenas por sua presença frequente nas redes sociais, mas também pela ligação com a Praia da Solidão, de onde veio seu apelido “Anão da Solidão”. Contudo, ele também acumulava um histórico de desentendimentos com a lei. A PM divulgou que Neto tinha passagens por crimes como ameaça, desacato, resistência, desobediência, lesão corporal, perturbação e dirigir sob influência de álcool.

(Com informaçes do portal Brasil247)