Brasil, 01 de janeiro de 2025
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Policial suspeito de ameaçar Natuza Nery é bolsonarista e defendeu o golpe de estado

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Suspeito de ameaçar a jornalista Natuza Nery, da GlobPolixioNews, na noite da última segunda-feira (30/12), o policial civil Arcenio Scribone Junior fazia publicações nas redes sociais defendendo intervenção militar e questionando o resultado da eleição de 2022. Ele dizia que o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a “esquerda no geral” formavam uma “quadrilha”.

Investigador de classe especial, recebeu mais de R$ 15 mil do governo do estado no mês de novembro. Após a suposta ameaça à apresentadora, que teria ocorrido em um mercado do bairro de Pinheiros, na zona oeste da capital, Arcenio se tornou alvo de uma investigação na Corregedoria da Polícia Civil.

Em 8 de dezembro de 2022, o investigador publicou no Twitter uma foto de uma manifestação a favor de um golpe de Estado no país e escreveu: “Nessas horas tenho orgulho de ser brasileiro. Nosso povo está vivo”. Na imagem, é possível ver faixas com os dizeres: “Forças Armadas salvem o Brasil”.

Uma outra fotografia, publicada no mesmo dia, sugere que ele esteve em frente ao Comando Militar do Sudeste, sede do Exército que fica na capital paulista, para defender a intervenção. “Temos muitas pessoas no Ibirapuera”, afirma na legenda. “Resistência”, “Brazil was stolen (Brasil foi roubado)”, dizem cartazes que aparecem na imagem.

Dias depois, em 12 de dezembro, Arcenio divulgou uma notícia falsa dizendo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno do pleito presidencial, teria na verdade obtido 73,5% dos votos, contra 26,5% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito na ocasião.