Brasil, 25 de dezembro de 2024
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Caiado critica decreto de Lula sobre atuaçãos das forças policiais: “presente de Natal para o crime organizado”

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), criticou duramente o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estabelece novas diretrizes para a atuação das forças policiais no Brasil. Para Caiado, o texto representa uma “chantagem explícita” contra os estados e um “engessamento” no trabalho das polícias.

O decreto, publicado no Diário Oficial da União na terça-feira (24/12), traz diversas medidas, sendo a principal a proibição do uso de arma de fogo contra pessoas desarmadas em fuga ou contra veículos que desrespeitem bloqueios policiais. O documento especifica que a força só poderá ser empregada quando outros recursos de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos.

Em uma publicação nas redes sociais, Caiado expressou sua discordância com a medida. “O crime organizado recebe hoje um grande presente de Natal do presidente Lula: um decreto que dá mais liberdade para seus atos e engessa as forças policiais. É o modelo PT-venezuelano, que parece querer incendiar o país”, escreveu o governador.

Caiado também criticou a possibilidade de que os estados sofram sanções financeiras caso não sigam as novas diretrizes de segurança pública estabelecidas pelo governo federal. Segundo ele, o decreto coloca em risco o acesso dos estados aos fundos de segurança e penitenciário, o que, na visão do governador, constitui uma forma de chantagem contra os governos estaduais, favorecendo a criminalidade.

Na avaliação de Caiado, o texto do decreto demonstra que o governo federal está mais preocupado com crimes de menor potencial ofensivo, enquanto a realidade das polícias estaduais é bem diferente. “A realidade brasileira não é a mesma da Suécia. Aqui, enfrentamos narcotraficantes violentos, que estão fortemente armados e travam uma guerra contra o Estado democrático de direito”, afirmou o governador de Goiás.

Ele ressaltou que, em seu ponto de vista, o modelo proposto pelo governo de Lula não leva em consideração as especificidades do combate ao crime no Brasil, que exige um uso mais amplo e intenso de estratégias para enfrentar organizações criminosas bem estruturadas e violentas. Assim, o governador se posiciona contra o decreto, destacando que ele dificulta o trabalho das forças policiais no país e enfraquece a segurança pública.