Brasil, 20 de dezembro de 2024
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Trama golpista: PGR se manifesta por manter prisão do general Braga Netto

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A Procuradoria-Geral da República opinou nesta sexta-feira (20) contra o pedido da defesa do general Braga Netto pela liberdade do militar.

Para a PGR, tentativas de Braga Netto de atrapalhar investigação “denotam a imprescindibilidade da medida extrema, dado que somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução”.

Braga Netto está preso desde o fim da semana passada, após a Polícia Federal ter apontado participação dele na trama golpista para, no fim de 2022, impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ao pedir a prisão preventiva, a PF argumentou, entre outras coisas, que o ex-ministro de Bolsonaro atuou para atrapalhar as investigações. 

E que a sua liberdade representaria um risco à ordem pública devido à possibilidade de voltar a cometer ações ilícitas. 

Os investigadores apontaram “fortes e robustos elementos de prova” de tentativas de Braga Netto em pressionar membros das Forças Armadas a aderir na trama golpista. 

Também afirmaram que houve ações do general da reserva para obter informações sobre a colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 

A Polícia Federal também destacou sobre o candidato a vice de Bolsonaro: 

  • teve participação relevante nos atos criminosos. Nas palavras de um investigador, era “a cabeça, o mentor do golpe, mas sob comando de Bolsonaro”;
  • coordenou ações ilícitas executadas por militares com formação em Forças Especiais (os chamados “kids pretos”);
  • entregou dinheiro em uma sacola de vinho para financiar as operações;
  • tentou obter dados sigilosos do acordo de colaboração de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • tentou controlar as informações fornecidas e alinhar versões entre os investigados; e
  • teve ação efetiva na coordenação das ações clandestinas para tentar prender e executar o ministro Alexandre de Moraes.