O Banco Central (BC) realizou um segundo leilão para tentar reduzir a pressão sobre o real, vendendo US$ 2,01 bilhões após o dólar disparar e chegar a R$ 6,20 nesta terça-feira (17). com a preocupação com o cenário fiscal do Brasil ainda impactando o mercado. Após a intervenção do BC, a moeda recuou um pouco, e operava a R$ 6,17 por volta das 13h10.
Mais cedo, o BC já tinha realizado o primeiro leilão da sessão, vendendo US$ 1,27 bilhão. O dólar desacelerou um pouco por volta das 9h40 com a medida, mas a tendência de alta foi retomada rapidamente. Ontem, a autoridade já havia feito outros leilões para tentar segurar a alta do dólar.
A moeda registrou alta nesta manhã após os investidores analisarem a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O Ibovespa, principal índice da B3, abriu em leve alta.
O pacote fiscal de cortes de gastos do governo, que promete economizar R$ 70 bilhões em dois anos, ainda precisa ser aprovado pelo Congresso. O governo está pressionando para que o texto seja votado antes do recesso de fim de ano.
Após o aumento de 1 ponto percentual da taxa Selic, que agora está em 12,25% ao ano, o Copom sinalizou que novas altas da mesma magnitude devem ocorrer nas próximas reuniões em 2025, elevando a taxa para 14,25% ao ano. O BC apontou que a aceleração da cotação do dólar nas últimas semanas, aliada ao sentimento negativo em relação ao pacote fiscal do governo, contribuiu para a necessidade de aumentar os juros e a previsão de mais elevações.
Segundo o g1, o governo planeja liberar mais R$ 800 milhões em emendas parlamentares nesta reta final de ano, além dos R$ 7,6 bilhões já comprometidos com os parlamentares até a segunda-feira.
O dólar acumula: