Um dos policiais civis investigados na operação que visa agentes com possível envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) é Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho. Ele é membro do grupo que cuida da segurança do cantor Gusttavo Lima e está sendo procurado pela Polícia Federal desde esta terça-feira, 17. As informações foram divulgadas pela GloboNews e pela TV Globo.
Rogério está foragido e foi citado na delação do empresário Vinícius Gritzbach, assassinado com dez tiros em novembro deste ano, na saída do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. De acordo com a delação, Rogerinho teria ficado com um relógio pertencente a Gritzbach, e o delator do PCC forneceu capturas de tela de redes sociais em que o policial aparece exibindo o acessório, que seria o resultado de transações ilegais entre eles.
Rogerinho é bastante conhecido nas redes sociais, com mais de 100 mil seguidores em seu perfil no Instagram. Na sua biografia, ele se apresenta como proprietário da construtora Magnata Construção e Incorporação. Além de ser sócio da construtora, o policial, que tem um salário de pouco mais de R$ 7 mil como servidor público, também é investigado por ser sócio de uma clínica de estética e de uma empresa de segurança privada.
Na manhã de terça-feira, a Polícia Federal realizou buscas em endereços relacionados ao policial civil, mas não conseguiu encontrá-lo. Segundo as investigações, o esquema criminoso no qual Rogerinho estaria envolvido inclui manipulação e vazamento de informações sigilosas, venda de proteção a criminosos e corrupção para facilitar operações de lavagem de dinheiro do PCC. A operação ainda continua em andamento, e mais prisões podem ocorrer à medida que novas evidências são apuradas.