Partidários do PL em Goiás estão correndo léguas de distância do deputado federal Professor Alcides, que estaria envolvido num suposto caso de pedofilia em Aparecida de Goiânia. A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira (12) um segurança e um assessor do político. Eles são acusados de invadir a residência de um adolescente de 16 anos para apagar imagens íntimas dele com o parlamentar gravadas num telefone celular. A mãe do menor disse à polícia que o deputado abusava do menor desde 2021.
O ruidoso deputado federal Gustavo Gayer (PL), um dos coordenadores da campanha do Professor Alcides a prefeito de Aparecida , não pensou duas vezes para deletar de seus perfis nas redes sociais todos os vídeos e fotos ao lado do colega de bancada. Não ficou um registro sequer dos dois juntos: foi tudo apagado.
Na campanha, Gayer gravou vários vídeos em defesa do Professor Alcides. Num deles, rebateu com veemência acusações de pedofilia contra o companheiro do PL. Gayer dizia que Alcides sofria ataques de fake news dos adversários porque liderava com folga as pesquisas e ganharia a eleição em Aparecida no primeiro turno.
O receio de contaminar sua imagem com a proximidade de um suposto pedófilo também impôs silêncio ao presidente do PL em Goiás, senador Wilder Morais, habitué do palanque do Professor Alcides em Aparecida. Wilder não atendeu o celular e sua assessoria informou que ele estava em viagem para um local não revelado. O ex-presidente Jair Bolsonaro também se silenciou diante do suposto envolvimento de Alcides com pedofilia.