O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), convocou coletiva de imprensa nesta quarta-feira (11), no Palácio das Esmeraldas, para comentar a decisão da juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), que declarou sua inelegibilidade por oito anos.
A sentença, em primeira instância, acusa Caiado de abuso de poder político nas eleições de 2024. Além disso, o registro do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), que conta com o apoio de Caiado, também foi cassado. Ambas as decisões ainda podem ser contestadas.
Durante a coletiva, o governador se defendeu, esclarecendo que os jantares realizados no Palácio das Esmeraldas nos dias 7 e 8 de outubro tiveram como principal objetivo discutir o “colapso” na saúde pública de Goiânia. Caiado afirmou que as reuniões com vereadores eleitos da capital trataram de problemas graves como a crise no sistema de saúde, acúmulo de lixo nas ruas, aumento de casos de dengue, atrasos nos pagamentos de hospitais e falta de merenda escolar.
“Essas reuniões aconteceram, mas não foram para fazer campanha eleitoral. Eram encontros fechados, com o foco principal sendo a situação de emergência que Goiânia enfrenta. A nossa maior preocupação era com a saúde da população e com o caos instalado na cidade. Não há nada ilegal em buscar soluções para esses problemas”, declarou Caiado, refutando as acusações de abuso de poder político.
Ele também ressaltou que todas as ações adotadas pelo governo têm como prioridade o bem-estar da população goiana, e afirmou que recorrerá da decisão, confiando na reversão do quadro nas instâncias superiores.
“Minha postura é de respeito às decisões, embora caiba recurso para que todos os fatos sejam esclarecidos”, arrematou.