O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), disse ao longo da campanha eleitoral que enxugaria a estrutura da Prefeitura de Goiânia caso ganhasse o pleito. Prometeu também não aumentar os impostos, lembrando que esse tipo de premissa seria coerente com seu discurso como empresário e presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).
Se as leitoras e leitores votaram em Mabel acreditando nisso, o arrependimento é livre. O doublê de político e empresário nem assumiu o mandato e já desdiz as promessas de campanha. Primeiro, jogando nas costas do contribuintes, que já arcam com uma carga tributária insana, a famigerada taxa do lixo, com teto de até R$ 1,6 mil. O tributo, segundo editorial do jornal O Popular, é um verdadeiro presente grego de Mabel aos goianenses no Natal de 2024, sem ele sequer ter ainda sentado na cadeira de prefeito.
O segundo item decepcionante da pauta mabelina é o exugamentio da estrutura administrativa da prefeitura, cavalo de batalha do homem das bolachas na campanha eleitoral. Tudo ficou só na promessa. Mabel anunciou nesta terça-feira (10) uma reforma administrativa que mantém o número de 31 secretarias e as carradas de cargos comissionados, sem sequer tocar de raspão na Comurg, hoje território de privilégios e corrupção no município. Um disparate.
Goiânia não tem tido sorte com os seus gestores. Pelo visto, vai continuar no mesmo diaspasão na próxima quadra de anos.