A capital de Goiás já teve prefeitos ruins, como Goianésio Lucas, Daniel Antônio e Paulo Garcia, mas nenhum deles se compara a Rogério Cruz, que conquistou a unanimidade como o pior prefeito da história da cidade. Cruz é, de longe, o mais calamitoso, o mais despreparado gestor que já passou pela Prefeitura de Goiânia.
Vice de Maguito Vilela, que ganhou a eleição mas morreu antes da posse, Cruz assumiu a prefeitura como um desconhecido pastor e vereador em Goiânia que chegava ao cargo de paraquedas. Ligado à Igreja Universal Reino de Deus, ele logo rompeu com o MDB, partido de Maguito, e importou quadros evangélicos de Brasília para governar a cidade.
A partir daí, foi um desastre atrás do outro. Basta dizer que, em quatro anos de mandato, Cruz trocou mais 100 secretários e não produziu rigorosamente nada na gestão. Não houve obras e programas relevantes. Foi, em última análise, um Midas às avessas: tudo que ele tocou deu errado. Sem contar com os inúmeros escândalos de corrupção, especialmente na Comurg, que agora culminam com a prisão do secretário da Saúde, Wilson Pollara, por denúncias de corrupção.
A gestão de Cruz foi tão mal avaliada pelos goianienses que ele, ao se candidatar corajosamente à reeleição, alcançou votação de pouco mais de 3%, um percentual menor que a margem de erro das pesquisas. Uma vergonha rematada.
Agora, há 25 dias de deixar a cadeira de prefeito, Cruz anda a palpos de aranha para não encerrar o mandato atrás das grades, como aconteceu com Marcelo Crivella, também pastor da Igreja Universal Reino de Deus, que encerrou a sua gestão no Rio de Janeiro vendo o sol nascer quadrado no Complexo Prisional de Bangú.
Seja como for, Cruz já pode se gabar de um título: o de pior de prefeito de toda a história de Goiânia. Isso é grande feito que ninguém vai tirar dele.