A falta de medicamentos está prejudicando o atendimento médico nas unidades de saúde de Goiânia, que também enfrentam escassez de profissionais. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) enviou um ofício à prefeitura pedindo urgência na resolução do problema.
O MP-GO discutiu a situação em uma reunião com representantes das secretarias de saúde estadual e municipal e solicitou ações imediatas para a aquisição dos medicamentos em falta. Un documento foi enviado ao prefeito Rogério Cruz, à secretária municipal de Saúde, Cynara Mathias Costa, e ao procurador-geral do município, José Carlos Ribeiro Issy. O MP destacou que a assistência à saúde da população, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS), deve ser prestada com qualidade e no tempo adequado, respeitando a dignidade humana.
A crise na saúde de Goiânia ganhou destaque nos últimos meses, com a falta de insumos, medicamentos e profissionais, além da paralisação de atendimentos em maternidades e falhas no funcionamento do SAMU. A situação se agravou com a falta de vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), que teria contribuído para pelo menos 5 mortes. Como resultado, uma operação do MP-GO, realizada na quarta-feira (27), prendeu o então secretário municipal de saúde, Wilson Pollara, além de outros membros da Secretaria, devido a investigações sobre pagamentos irregulares em contratos administrativos e possível associação criminosa.
Prefeitura anuncia compras emergenciais de medicamentos
Em resposta à crise, a Prefeitura de Goiânia informou que está realizando duas compras emergenciais para suprir a falta de medicamentos. A primeira é uma compra verbal, válida por 30 dias, para aquisição de medicamentos injetáveis e insumos destinados às unidades de urgência e emergência, com entrega prevista ainda para esta semana. A segunda, uma compra emergencial regular com validade de 90 dias, irá suprir todos os itens em falta nas unidades de saúde da capital.