O Ministério Público de Goiás (MPGO) informou neste sábado (30) que obteve a prorrogação da prisão temporária do ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara. O processo está em segredo de Justiça, e o órgão não revelou detalhes sobre o pedido, como a data da decisão ou o prazo da nova prisão.
A defesa de Pollara aguarda o julgamento de um pedido para que ele seja transferido para prisão domiciliar, alegando agravamento no estado de saúde do ex-secretário. Um relatório médico, datado de 27 de outubro, foi apresentado, detalhando que Pollara sofre de doenças cardíacas, incluindo arritmias e hipertensão, além de problemas musculares que dificultam sua locomoção. O ex-secretário também enfrenta complicações decorrentes do tratamento de dois cânceres. A defesa sustenta que, devido ao estado de saúde fragilizado e à idade de 75 anos, a prisão temporária representa risco à sua integridade física e dignidade humana.
O advogado de Pollara acredita que o pedido de substituição por prisão domiciliar será atendido, destacando que a prisão temporária já cumpriu sua função e que outras medidas cautelares poderiam ser adotadas. A defesa lembra que, durante a investigação, foram apreendidos celulares e documentos relacionados ao caso, além de que outras restrições já foram impostas, como a suspensão das funções públicas, a proibição de entrada em locais relacionados à saúde e a restrição de contato com testemunhas ou outros envolvidos.
Dessa forma, a defesa argumenta que a prisão domiciliar é uma alternativa viável, uma vez que as medidas já adotadas garantem a continuidade da investigação sem prejudicar o tratamento de saúde de Pollara. O MPGO, por sua vez, ainda não se posicionou sobre o pedido de prisão domiciliar ou sobre o andamento do processo em segredo de Justiça.