Brasil, 03 de dezembro de 2024
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Goiânia

Mabel parece estar perdido e sem ter as respostas exigidas pela população após o desastre da gestão de Rogério Cruz

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Mais do mesmo. Esse é o sentimento que os primeiros movimentos do prefeito eleito Sandro Mabel (União Brasil) sugerem na direção da futura gestão da prefeitura de Goiânia. A começar pela fracassada comissão de transição, que não deu nem vai dar em nada, passando pela indicação de velhas figuras para as principais secretarias, como Valdivino de Oliveira para a pasta das Finanças, e chegando com a proposta da criação da taxa de lixo, onerando ainda mais bolso da população, o que se anuncia para a capital goiana é uma administração comandada por um prefeito analógico, envolto pelo amadorismo e muito aquém do perfil de gestor prometido na campanha eleitoral.

Estranhamente, Mabel não tocou até agora nos temas fundamentais para a cidade. Não deu um pio sobre a Comurg, o maior escoadouro de privilégios e corrupção da prefeitura. Passou longe das obras inacabadas e do ninho de malandragem em que se transformou o setor do infraestrutura do município. E vem ignorando, olimpicamente, questões como o trânsito caótico e só tratou do colapso da saúde porque foi forçado pelo caos total que desaguou em cinco mortes por falta de UTI e pela operação do MP-GO que colocou atrás das grades o secretário Wilson Pollara e seus principais assessores. 

Pior: em vez de abordar o que realmente importa para cidade, Mabel perde tempo com postagens de vídeos sem qualquer relevância – para não dizer sem noção – , sem sequer ter assumido cargo de prefeito, quando fala , por exemplo, de descarte de resíduos e incentiva a população ao dedurismo, pedindo que populacão “ligue para ele” e delate quem joga lixo em lotes baldios. Como assim? Ligar para ele em que número de telefone? Tenha a santa paciência.

(Pelo andar da carruagem, não será surpresa se Mabel voltar com a proposta feita por ele quando foi candidato a prefeito em 1992, que previa a transformação do Lago das Rosas em ‘pesque e pague”.)

Seja como for, a pouco mais de 30 dias de tomar posse, Mabel passa a impressão de que está perdido e que não tem as respostas que Goiânia quer e exige do próximo prefeito depois da gestão desastrada e incompetente de Rogério Cruz.