O senador Wilder Morais (PL) foi o grande derrotado das eleições municipais em 2024 em Goiás. É fato que ele saiu enfraquecido do pleito, que, em contrapartida, fortaleceu a aliança do União Brasil, MDB e partidos alinhados liderada pelo governador Ronaldo Caiado e pelo vice governador Daniel Vilela, dupla que hoje está na crista da onda n cenário político estadual.
A coleção de derrotas que Wilder acumulou nas principais cidades em que investiu, casos de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Rio Verde, além do pífio desempenho na região do Entorno do DF, desidratou o projeto político do senador de disputar o governo de Goiás em 2026. Basta dizer que, enquanto Caiado e Daniel elegeram quase 200 prefeitos, o PL de Wilder contabilizou pouco mais 20 – muitos dos quais, diga-se de passagem, já estão de malas prontas para migrar para a base governista
Some-se a isso também a desconstrução do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a grande referência política de Wilder. Bolsonaro se vê enredado com o avanço das investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de de estado, que ocasionou há poucos dias o seu indiciamento, além da inelegibilidade já consumada pela Tribunal Superior Eleitoral. A divisão da direita já é fato com a perda de protagonismo de Bolsonaro e o surgimento de alternativas como Caiado, Tarcísio de Freitas e Pablo Marçal no plano sucessão presidencial.
A isolamento de Wil;der, aliás, pontua a leitura da conjuntura política de Goiás pela núcleo duro do Palácio das Esmeraldas, conforme nota publicada nesta segunda-feira (25) pela coluna Giro, do Popular. De acordo com ess análise, o derretimento de Bolsonaro complica a viabilidade eleitoral do senador, que claudica por não ter luz própria e depender totalmente do ex-presidente.
Seja como for, Wilder saiu muito menor do que entrou nas eleições municipais. Com o cacife reduzido, pode não ter musculatura política suficiente para ser candidato a governador e polarizar a disputa com Daniel Vilela. Que, de resto, é politicamente articulado, não tem desgastes e vai disputar a eleição de 2026 na condição de governador devido a desincompatibilização de Caiado para concorrer a presidente República.