Brasil, 23 de novembro de 2024
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Política

Caiado classifica de factóide discussão sobre golpe e diz que ‘ninguém aguenta mais’ o assunto

Publicado em atualizado às 17:40

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), comentou pela primeira vez o inquérito da Polícia Federal que indiciou Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado. Caiado criticou a continuidade desse tema no debate público, defendendo que o Brasil deve focar em problemas urgentes.

“Esse assunto está sob o Supremo Tribunal Federal, certo? Vamos esperar o julgamento. Se comprovado, será condenado. Mas ficar no achismo não agrega. Estamos nessa pauta há dois anos. Vamos continuar mais quatro? A sociedade quer, em 2026, alguém que resolva os problemas do Brasil”, afirmou em entrevista à coluna de Andreza Matais, do UOL.

Apoiador do governo Bolsonaro, Caiado, de perfil conservador e anti-petista, ressaltou que o Brasil enfrenta falta de diretrizes claras para questões como corte de gastos e reforma administrativa. Para ele, a discussão sobre o indiciamento de Bolsonaro desvia o foco das prioridades nacionais. Pré-candidato à Presidência em 2026, Caiado afirmou que “factóides” dificultam avanços importantes.

“A polícia já investigou? O caso será julgado? Então pronto. Não perco tempo com algo fora da minha pauta. Vamos passar mais um mandato sem resolver nada? É preciso mudar isso”, reforçou.

Ao ser questionado sobre o impacto do indiciamento na direita, Caiado minimizou a relevância do tema, criticando as polarizações políticas que, segundo ele, exaurem a sociedade. “Essa história de extrema para cá, extrema para lá, já cansou. O povo quer soluções, não divisões”, declarou.

Como potencial candidato da direita para 2026, Caiado enfrenta resistência interna no União Brasil. Um grupo, liderado pelo deputado Elmar Nascimento (BA), sugere apoio à reeleição de Lula (PT), levantando dúvidas sobre sua candidatura.

Caiado rejeitou categoricamente qualquer aliança com o PT. “É impossível o União se aliar ao PT”, enfatizou, apesar da presença de membros do partido em cargos do governo federal.