Brasil, 21 de novembro de 2024
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Alexandre Moraes mantém acordo de delação premiada de Cid; veja o vídeo do militar saindo do STF

Publicado em atualizado às 20:34

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu validar o acordo de colaboração premiada firmado entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e a Polícia Federal (PF). A decisão foi confirmada nesta quinta-feira (21) após Cid prestar um novo depoimento à Corte.

De acordo com o gabinete de Moraes, “após três horas de audiência, o ministro Alexandre de Moraes confirmou a validade da colaboração premiada de Mauro Cid. O ministro considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela Polícia Federal. As informações fornecidas seguem sob apuração das autoridades competentes”.

A Polícia Federal havia solicitado a anulação do acordo de delação, argumentando que Cid apresentou omissões e contradições em seu depoimento anterior, prestado na terça-feira (19). No entanto, durante a audiência desta quinta-feira, que começou às 14h10 e se encerrou às 16h50, o ministro entendeu que as questões levantadas pela PF foram devidamente esclarecidas.

No depoimento anterior, Mauro Cid negou ter conhecimento sobre o plano de um suposto golpe de Estado que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio ministro Alexandre de Moraes. Esse plano foi identificado pela Polícia Federal durante a Operação Contragolpe, realizada na última terça-feira, que resultou na prisão de quatro militares e um policial federal.

Ao término da audiência, o advogado de Cid, Cézar Bittencourt, declarou à imprensa: “Tudo continua como antes. Ele deu satisfações e complementações. Não havia omissões”. Segundo informações divulgadas pela TV Globo, Cid apresentou novos elementos à investigação, o que contribuiu para a manutenção da validade do acordo e evitou sua prisão.

Veja o vídeo do momento em que Mauro Cid deixou o prédio do STF: