Justiça pode determinar exumação de restos mortais de Iris Rezende na ação de investigação de paternidade movida por suposto filho biológico

A Justiça de Goiás pode determinar exumação dos restos mortais do ex-governador e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, em razão da ação de investigação de paternidade movida por Carlos Roberto Alves da Cruz, de 60 anos. A ação interposta pelo suposto filho biológico de Iris corre em segredo de justiça na 6ª Vara de Família de Goiânia.

A hipótese da exumação dos restos mortais ocorrerá se os parentes de Iris se negarem a colaborar com a Justiça. A medida se sustenta na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, que prevê a realização de exumação com a recusa dos familiares em fazer a coleta de material genético para o teste de DNA. 

Carlos Roberto é filho de Eunice Alves Guimarães e nasceu em 29 de maio de 1964, quando Iris era deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa. Iris foi casado com Iris Araújo, já falecida, e teve três filhos legítimos – Ana Paula, Adriana e Cristiano. A família do político, morto em 2021 aos 87 anos, constituiu o escritório de advocacia de Ana Vitória Caiado para representá-la na ação.

Iris Rezende foi uma das principais figuras da política em Goiás. Além de governador por duas vezes e prefeito de Goiânia em três oportunidades, foi vereador, deputado estadual, senador e ministro da Agricultura e da Justiça. Ele deixou um patrimônio considerável, composto de avião, imóveis de alto padrão, fazendas em Goiás Mato Grosso e Pará, milhares cabeças de gado e plantações de soja.