Militar chegou a rondar a residência de Alexandre de Moraes para sequestrá-lo

As investigações da Polícia Federal revelaram que um militar, identificado pelo codinome “Gana”, esteve na quadra onde fica a residência funcional do ministro Alexandre de Moraes, do STF, com o objetivo de sequestrá-lo no final de 2022. Conforme divulgado pelo Metrópoles, o plano fazia parte de uma conspiração que incluía os assassinatos de Moraes e do presidente Lula, como prelúdio para um golpe de Estado promovido por apoiadores de Bolsonaro.

Segundo o relatório da PF, seis militares estavam envolvidos no planejamento do sequestro e assassinato do ministro. O ataque estava previsto para 15 de dezembro de 2022. Análises de mensagens apontam que “Gana” esteve no bairro Asa Sul, onde Moraes residia. “Os dados obtidos confirmam que o ministro Alexandre de Moraes, em dezembro de 2022, tinha residência funcional no local”, afirma o documento. O relatório também reforça que a localização de “Gana” e sua movimentação indicam a execução de um plano clandestino contra o magistrado.

O plano foi abortado devido a uma alteração na pauta do STF, como relatado às 20h59 daquele dia. As mensagens analisadas indicam que “Gana” esteve nas imediações da residência do ministro e evitou usar aplicativos de transporte, caminhando até o shopping Pátio Brasil, onde foi resgatado pelo tenente-coronel Rafael de Oliveira, preso posteriormente.

As circunstâncias descritas pelos investigadores mostram o cuidado do grupo em evitar rastros, mas destacam também o fracasso na execução do plano, frustrado por fatores externos e pela vigilância das autoridades.