A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de anulação da delação premiada do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. As informações são do portal g1.
O pedido ocorre após a operação da PF contra uma organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado após as eleições de 2022 para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e restringir a atuação do Judiciário. Cinco pessoas foram presas, incluindo quatro militares do Exército e um policial federal.
Em depoimento à PF nesta terça-feira (19), Cid negou ter conhecimento sobre o plano. No entanto, segundo a TV Globo, os investigadores não ficaram satisfeitos com as respostas do tenente-coronel e estariam convencidos de que Cid teria omitido informações na delação, e por isso pediram a anulação ao STF.
Segundo a investigação da PF, Cid e o general da reserva Mário Fernandes, que foi preso nesta terça-feira, trocaram mensagens sobre a trama golpista.
O pedido da PF envolveria a revogação dos benefícios da delação, mas não da delação em si. Entre os benefícios, estão a redução da pena e a possibilidade de responder aos processos em liberdade.
O ministro Alexandre de Moraes pediu que a Procuradoria Geral da República analisasse o tema, para então decidir se anula a delação e decreta a prisão de Mauro Cid.