
Na manhã desta terça-feira (19), a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para desarticular uma organização criminosa que planejava atentados contra autoridades de alto escalão do país. Entre os alvos das ameaças estavam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação apurou que o grupo tinha intenções golpistas, com o objetivo de impedir a posse do governo democraticamente eleito em 2022.
De acordo com a PF, os integrantes da organização eram majoritariamente militares das Forças Especiais (FE), conhecidos como “kids pretos”, um termo informal que remete à elite das tropas. A operação contou com a emissão e cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e a aplicação de 15 medidas cautelares, abrangendo restrições adicionais aos investigados.
Entre os alvos da ação policial, destacam-se quatro militares – incluindo um general da reserva e ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro – e um policial federal. Os mandados foram cumpridos em diferentes estados, como Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e também no Distrito Federal, com apoio logístico do Exército Brasileiro para garantir a segurança das operações.
A investigação também revelou que o grupo estava se articulando em plataformas digitais para disseminar informações falsas e incitar a população contra as instituições democráticas. Além disso, foram identificados planos para realizar ataques simultâneos a infraestruturas críticas e instalações militares.
O diretor-geral da PF destacou que a ação demonstra o compromisso das forças de segurança em proteger a democracia e combater qualquer tentativa de ruptura institucional. As investigações continuarão para identificar outros possíveis envolvidos e apurar a extensão da trama golpista.
Os alvos dos mandados de prisão preventiva são: