Brasil, 14 de novembro de 2024
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Homem-bomba pretendia matar ministro Alexandre de Moraes

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O autor do ataque com explosivos na Praça dos Três Poderes, ocorrido em Brasília nesta quarta-feira (13), Francisco Wanderlei Luiz, pretendia assassinar o ministro do STF, Alexandre de Moraes. A revelação foi feita pel ex-mulher do terrorista, que foi localizada pela Polícia Federal (PF) no interior de Santa Catarina. O nome dela é Daiane e não teve o sobrenome divulgado pela PF.

A ex-mulher de Francisco relatou em depoimento informal que ele participava de grupos extremistas. Ela está foi encaminhada à delegacia para prestar depoimento formal.

Daiane disseu ainda que Francisco chegou a realizar e compartilhar pesquisas no Google com o objetivo de planejar o atentado, evidenciando grau de premeditação. Segundo o relato, quando confrontado sobre o ataque, Daiane perguntou: “Você vai mesmo fazer essa loucura?”, sinalizando uma tentativa de entender ou impedir o ato.

Em uma casa alugada no Distrito Federal, onde Francisco se instalou temporariamente, a PF encontrou inscrições em um espelho que fazem referência aos eventos de 8 de janeiro, quando houve ataques a símbolos institucionais em Brasília. Francisco deixou uma mensagem destinada a Debora Rodrigues, uma mulher presa em 2023 por vandalizar a Estátua da Justiça, fazendo uma comparação entre o uso de TNT e o ato de pichar a estátua.

“Não é um ato isolado”, diz ministro

Nesta quinta-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes comentou o incidente, reforçando que não se trata de um caso isolado, mas de uma manifestação do ódio disseminado no Brasil nos últimos anos. Em sua fala, o ministro destacou o papel do Ministério Público no combate ao extremismo e criticou o chamado “gabinete do ódio”, uma estrutura que ele considera responsável pela promoção de discursos contra instituições democráticas, especialmente o Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro ainda enfatizou a importância de medidas rigorosas para conter a crescente onda de violência política e proteger a autonomia do Judiciário. Segundo ele, a hostilidade não atinge apenas os ministros, mas também seus familiares, o que reflete a gravidade do atual contexto de polarização e radicalismo no país.