Passadas as eleições municipais, os partidos se movimentam em Goiás com vistas à composição das chapas que vão concorrer ao governo estadual em 2026. Na base aliada encabeçada pelo União Brasil e MDB, que tem o vice-governador Daniel Vilela (MDB) como postulante ao Palácio das Esmeraldas, a disputa interna é pela vaga de vice do emedebista.
Duas regiões despontam na corrida pela vice de Daniel: o Sudoeste de Goiás e o Entorno de Brasília, ambas populosas e com quadros de viabilidade eleitoral comprovada. O nome do Entorno seria o do prefeito Diego Sorgatto (União Brasil), reeleito com mais de 75% dos votos em Luziânia. Já o Sudoeste comparece com Paulo do Vale, prefeito de Rio Verde, que elegeu o sucessor com 62% dos votos.
Articulado e com bom trânsito na base aliadas, Diego tem apenas 34 anos e é a grande revelação política de Goiás. Tem proximidade com Daniel Vilela e conquistou a simpatia do governador Ronaldo Caiado, que é do seu partido. Tem poder de aglutinação e pode unir o Entorno num eventual projeto majoritário.
Paulo do Vale tem a seu favor experiência política e a confiança de Caiado, uma vez que foi um dos primeiros apoiadores da candidatura ele a governador. Tem o agronegócio ao seu lado e o fato de ter emplacado, além do filho Lucas como deputado estadual, Wellington Carrijo para prefeito de Rio Verde. Consta que Paulo do Vale tem livre acesso a Caiado e representaria o grupo raiz do caiadismo na chapa de Daniel.
Outros nomes também são lembrados, como o presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto, e o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha. Diego e Paulo do Vale, contudo, são hoje as apostas mais seguras e viáveis. É claro que muita água vai correr debaixo da ponte, mas os dois se colocam em posição de favoritismo na corrida pela vice de Daniel.