A cantora transsesxual e suplente de vereadora Santrosa, de 27 anos, filiada ao PSDB, foi encontrada morta neste domingo (10), em uma área de mata na zona rural de Sinop, a aproximadamente 480 km de Cuiabá. O corpo foi localizado decapitado, com pés e mãos amarrados, em um crime que chocou a população local e chamou a atenção das autoridades e de organizações em defesa dos direitos humanos.
De acordo com informações da Polícia Civil, Santrosa saiu de casa no sábado (9) para participar de uma apresentação musical, mas não chegou ao local do evento. Após perceberem sua ausência, familiares ficaram preocupados e acionaram a polícia. Até o momento, não há suspeitos identificados ou presos, e a investigação segue em andamento para elucidar o caso.
Santrosa havia disputado as eleições municipais de 2024, concorrendo ao cargo de vereadora pelo PSDB, obtendo 121 votos e assumindo a posição de suplente. Em uma nota pública, a Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso manifestou indignação com o ocorrido e informou que acionou o Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH). A entidade exige uma investigação rigorosa e justiça para a vítima, destacando a importância de medidas de segurança para a população LGBTQIA+.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) esteve no local para realizar os primeiros levantamentos. A Polícia Civil, responsável pelo caso, considera todas as possibilidades, incluindo um possível crime de ódio. A morte de Santrosa levanta novamente o debate sobre a violência contra pessoas LGBTQIA+ e a necessidade de políticas públicas mais eficazes para garantir segurança e justiça a essa comunidade.