Brasil, 20 de novembro de 2024
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Goiânia

Condenado a 700 anos de prisão, serial killer de Goiânia atrai atenção de mulheres e pode ser solto em 2044, aos 56 anos

Publicado em atualizado às 17:51

Tiago Henrique Gomes da Rocha, conhecido como o “serial killer de Goiânia,” completou no mês de outubro passado, uma década na prisão. Ele foi preso em 2014 após uma série de assassinatos que chocaram o país e condenado a uma pena de quase 700 anos por 35 homicídios. Suas vítimas incluíam mulheres e pessoas em situação de rua. Contudo, devido à legislação vigente na época, ele pode ser solto em 2044, aos 56 anos.

Até 2020, o tempo máximo de reclusão no Brasil era de 30 anos, independentemente da soma total das penas. Assim, embora condenado a sete séculos de prisão, Tiago deve cumprir apenas esse período. Em 2019, o Código Penal foi atualizado, e o tempo máximo de prisão subiu para 40 anos; no entanto, a alteração não se aplica a condenados antes dessa mudança, como é o caso de Tiago.

Atualmente, ele permanece isolado no presídio de Aparecida de Goiânia, onde continua atraindo atenção de mulheres que se interessam por ele. Esse fenômeno, conhecido como hibristofilia, explica o fascínio que algumas pessoas desenvolvem por criminosos famosos. Mesmo preso, Tiago recebe cartas e visitas de admiradoras, um detalhe que revela aspectos curiosos da psicologia humana.

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, que acompanha o caso, declarou que, caso Tiago não receba novas condenações, ele poderá ser libertado após cumprir um terço da pena máxima vigente à época da condenação. Isso significa que, em 2044, ele pode estar livre, apesar dos crimes brutais que cometeu.

Entre janeiro e agosto de 2014, Tiago tirou a vida de 16 pessoas, sendo 15 mulheres com idades entre 13 e 28 anos. A polícia de Goiás montou uma força-tarefa para capturá-lo, e sua prisão foi um dos casos de maior repercussão na imprensa brasileira, reabrindo debates sobre punição e reabilitação em crimes de grande violência.