O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, de forma unânime, elevar a taxa Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, de 10,75% para 11,25% ao ano. O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira, 6 de novembro de 2024, após a penúltima reunião do comitê este ano.
Este ajuste de 0,50 ponto percentual marca a segunda elevação da taxa durante o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente. O movimento já era amplamente esperado pelo mercado financeiro e pelos economistas, que têm acompanhado com preocupação a recente valorização do dólar e o aumento das pressões inflacionárias.
A Selic é o principal mecanismo do BC para controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica. Quando o Copom decide elevar a taxa, o objetivo é frear o ritmo de aumento de preços. Com a Selic mais alta, o crédito fica mais caro, desincentivando o consumo e o investimento, o que, em teoria, reduz a demanda e alivia a pressão inflacionária. Em contrapartida, quando o Copom reduz a Selic, a ideia é estimular o crescimento econômico, incentivando o consumo e os investimentos.
Essa elevação da taxa também tem impacto nas finanças pessoais e empresariais, afetando, por exemplo, o custo dos empréstimos e o retorno de investimentos em renda fixa. Muitos especialistas acreditam que a continuidade deste ciclo de alta pode trazer efeitos desfavoráveiss para o crescimento econômico do país no próximo ano, evidenciando a complexidade de equilibrar o combate à inflação com a retomada da economia.