A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA pode afetar o agronegócio brasileiro, especialmente nas exportações e competitividade global. Em seu mandato anterior, Trump impôs tarifas sobre produtos agrícolas americanos, levando a China a diversificar fornecedores, o que beneficiou o Brasil como grande exportador de soja e milho. Com a redução da demanda chinesa pelos produtos dos EUA, o Brasil se consolidou como o principal fornecedor de soja para a China.
Especialistas acreditam que a possível volta de políticas protecionistas sob Trump poderia recriar um cenário similar ao da guerra comercial anterior com a China, favorecendo o agronegócio brasileiro. Em contrapartida, sua oponente, Kamala Harris, propôs estratégias voltadas à diversificação de mercados e sustentabilidade, o que teria implicações nas práticas agrícolas do Brasil.
Em 2023, as exportações brasileiras para os EUA somaram cerca de 36,9 bilhões de dólares, evidenciando a relevância dessa relação comercial. No entanto, políticas comerciais e ambientais do novo governo americano podem impactar esse cenário. Trump tende a priorizar uma economia baseada em combustíveis fósseis e políticas protecionistas, enquanto Harris defendia políticas ambientais mais rigorosas.
A disputa eleitoral também trouxe à tona preocupações com cadeias de abastecimento e transparência nas práticas agrícolas brasileiras. Exigências como o Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira, adotado pela União Europeia, poderiam demandar ajustes na produção agropecuária do Brasil.
Assim, a vitória de Trump pode gerar tanto oportunidades quanto desafios para o agronegócio brasileiro, dependendo das políticas que forem implementadas em relação ao comércio e à sustentabilidade ambiental.