Uma mulher de 27 anos, identificada apenas como R.D.S., acusa seu namorado, um médico de 25 anos, de tê-la drogado para realizar um aborto sem seu consentimento em Goiás. Segundo a vítima, o namorado teria inserido comprimidos em sua genitália para interromper a gravidez de três meses. No hospital, profissionais de saúde confirmaram parte dessa suspeita, encontrando dois comprimidos no canal vaginal da paciente. O feto foi removido, e a Polícia Civil investiga o caso.
A mulher relatou que, ao beber algo oferecido pelo namorado no quarto de um hotel em Pirenópolis, sentiu-se sonolenta e, ao despertar, o flagrou colocando comprimidos em sua vagina. Ela conseguiu remover duas cápsulas, discutiu com o homem e fugiu pedindo ajuda. Após ser levada a Goiânia pela irmã, a vítima sofreu sangramento, e no hospital, médicos removeram o feto já sem vida. Segundo o delegado Tibério Martins Cardoso, apenas um laudo poderá comprovar se a morte foi causada pelos medicamentos.
O incidente foi registrado na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Goiânia, mas, caso se comprove que os comprimidos causaram o aborto, a investigação será conduzida pela Delegacia de Pirenópolis. A mulher afirmou que, desde que soube da gravidez, o namorado insistia no aborto e que, após a negativa dela, propôs uma “lua de mel” em Pirenópolis, onde, segundo ela, teria ocorrido o incidente que resultou na perda do bebê.