Após mais de seis anos e sete meses do crime brutal que abalou o Brasil, os responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018 no Rio de Janeiro, foram condenados.
Nesta quinta-feira (31), após dois dias de julgamento, o 4º Tribunal do Júri do Rio sentenciou os dois réus, que já haviam confessado o crime. O ex-policial militar Ronnie Lessa, autor dos disparos, recebeu uma pena de 78 anos e 9 meses de prisão. Já Élcio Queiroz, também ex-PM, que dirigiu o veículo usado no ataque, foi condenado a 59 anos e 8 meses.
As condenações incluem:
Apesar das penas severas, os dois devem ser beneficiados por um acordo de delação premiada. Em troca de informações sobre os mandantes, eles auxiliaram nas investigações, o que acelerou o processo. Com o acordo, Lessa cumprirá, no máximo, 18 anos em regime fechado e 2 em semiaberto; Élcio, 12 anos em regime fechado.
O tempo de prisão começará a contar desde a data da prisão, em 12 de março de 2019, reduzindo 5 anos e 7 meses das penas máximas. Assim, Lessa poderá ir para o regime semiaberto em 2037, enquanto Élcio deve sair em 2031. Ambos também foram transferidos de presídios federais para penitenciárias estaduais.
O crime ocorreu em 14 de março de 2018, após Marielle participar de um evento no centro do Rio. Ao deixarem o local, o carro onde ela estava foi alvejado com 13 tiros, dos quais apenas Fernanda sobreviveu.
Os mandantes, segundo Lessa e Queiroz, seriam os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa é acusado de dificultar a investigação.