Brasil, 22 de novembro de 2024
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Roni Lessa e Élcio Queiros são condenados pela morte de Marielle e Anderson

Publicado em atualizado às 21:02

Após mais de seis anos e sete meses do crime brutal que abalou o Brasil, os responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018 no Rio de Janeiro, foram condenados.

Nesta quinta-feira (31), após dois dias de julgamento, o 4º Tribunal do Júri do Rio sentenciou os dois réus, que já haviam confessado o crime. O ex-policial militar Ronnie Lessa, autor dos disparos, recebeu uma pena de 78 anos e 9 meses de prisão. Já Élcio Queiroz, também ex-PM, que dirigiu o veículo usado no ataque, foi condenado a 59 anos e 8 meses.

As condenações incluem:

  • Duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que impediu a defesa das vítimas);
  • Tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle, que sobreviveu;
  • Receptação de um carro Cobalt prata, clonado, usado no crime.

Apesar das penas severas, os dois devem ser beneficiados por um acordo de delação premiada. Em troca de informações sobre os mandantes, eles auxiliaram nas investigações, o que acelerou o processo. Com o acordo, Lessa cumprirá, no máximo, 18 anos em regime fechado e 2 em semiaberto; Élcio, 12 anos em regime fechado.

O tempo de prisão começará a contar desde a data da prisão, em 12 de março de 2019, reduzindo 5 anos e 7 meses das penas máximas. Assim, Lessa poderá ir para o regime semiaberto em 2037, enquanto Élcio deve sair em 2031. Ambos também foram transferidos de presídios federais para penitenciárias estaduais.

O crime ocorreu em 14 de março de 2018, após Marielle participar de um evento no centro do Rio. Ao deixarem o local, o carro onde ela estava foi alvejado com 13 tiros, dos quais apenas Fernanda sobreviveu.

Os mandantes, segundo Lessa e Queiroz, seriam os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa é acusado de dificultar a investigação.