O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), candidato a prefeito de Niterói (RJ), está no centro de uma polêmica por ter pedido sugestões para comemorar o aniversário do golpe de 1964 em São Paulo e utilizar verba parlamentar para custear corrida de Uber até um bordel de luxo na cidade em 31 de março de 2019, data que marcou os 55 anos do golpe militar de 1964.
Conforme apurado pelo jornal O Globo, a Câmara dos Deputados reembolsou Jordy pelos gastos de transporte até o estabelecimento de entretenimento adulto. Em 28 de março daquele ano, o parlamentar havia escrito em suas redes sociais: “onde vocês vão comemorar o 31 de março? Estarei em São Paulo e aceito convites rs [risos]”. A mensagem foi interpretada por muitos como um incentivo à celebração do golpe militar, um tema controverso na política brasileira.
Em resposta às críticas, Jordy alegou que os deslocamentos foram feitos por um ex-assessor e que seu próprio nome aparece nas notas fiscais para facilitar o processo de reembolso da Câmara. Ele também declarou que está apurando o caso internamente e afirmou que ressarcirá o valor corrigido ao erário. “Solicitei um levantamento do ocorrido, no intuito de identificar o assessor, e irei ressarcir os valores corrigidos aos cofres públicos. Em nosso gabinete, não temos compromisso com erros. Havendo falhas, verificamos e alertamos ainda mais para que não se repitam”, disse o deputado.
O episódio reacende discussões sobre a conduta de parlamentares e o uso de verbas destinadas ao exercício de suas funções, como o caso recente deputado Gustavo Gayer (PL-GO), que usa verba do gabinete para pagar aluguel da sua escola de inglês e da loja de roupa do filho.