Integrantes da liderança do PL expressaram surpresa ao serem informados sobre o diploma falso do candidato da sigla à prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues, e começaram a defender o abandono de sua candidatura. Rodrigues está competindo no segundo turno contra Sandro Mabel (União), mas aparece em desvantagem nas pesquisas. Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro consideram que a revelação compromete a “retidão” que os eleitores conservadores esperam. Dois membros da Executiva do PL, em entrevista ao GLOBO, sugeriram que Rodrigues enfrentasse um processo interno por conta dessa mentira.
Esse episódio é visto como uma violação do Código de Ética do partido e prejudica a imagem de Bolsonaro, que planejou visitar Goiânia no domingo, dia da votação, para apoiar Rodrigues. Na quinta-feira, está agendado um ato ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Rodrigues argumenta que houve um erro de sua equipe ao registrar a informação e que solicitará a correção à Justiça Eleitoral. No entanto, como relatado pelo site Metrópoles, Rodrigues assumiu em 2023 o cargo de diretor de Promoção de Mídias Sociais da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), posição que exige formação superior completa. O estatuto do PL, em seu artigo 10, menciona que ações de improbidade ou má conduta no exercício de funções públicas podem resultar em punição, o que poderia implicar Rodrigues.
Aliados de Bolsonaro comparam essa situação a um incidente das eleições de 2022, quando a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se envolveu em uma perseguição armada, o que afetou a imagem do ex-presidente. Há quem sugira que Bolsonaro não deve ser visto ao lado de Rodrigues no dia da votação, a fim de evitar novos desgastes à sua imagem.