A ex-secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade e atual vereadora de Aparecida de Goiânia, Valéria Pettersen (MDB), encontra-se no centro de uma polêmica envolvendo uma operação da Polícia Civil, que investiga um possível esquema de fraude em um contrato de R$ 18 milhões. A investigação, referente ao ano de 2024, apura irregularidades na compra de produtos para o combate ao mosquito Aedes Aegypti, que teria sido realizada sem processo de licitação.
A situação da vereadora pode se agravar, pois um empresário, envolvido no caso, teria revelado nos bastidores que não pretende assumir a responsabilidade sozinho. Ele estaria disposto a colaborar com as autoridades em troca de redução de pena, o que pode resultar em uma delação premiada. Segundo fontes, as denúncias estariam respaldadas por provas substanciais, incluindo vídeos, áudios e fotos que podem incriminar Valéria e outros envolvidos.
Valéria Pettersen, além de sua função no legislativo municipal, é uma figura de destaque na campanha eleitoral do Professor Alcides (PL) e foi a responsável por assinar o contrato sob investigação.
Na manhã desta segunda-feira (21), a Polícia Civil cumpriu oito mandados de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Abadia de Goiás, como parte da operação batizada de “Caviar da Dengue”. O nome faz uma crítica à suposta utilização de recursos públicos destinados à saúde em esquemas fraudulentos, enquanto a população enfrenta problemas relacionados à proliferação do mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
A operação tem o potencial de abalar profundamente o cenário político local, uma vez que figuras influentes da gestão pública estão sendo investigadase e novas revelações podem surgir à medida que a investigação avança. A expectativa é que essa ação tenha repercussões significativas, tanto no meio político quanto na administração pública de Aparecida de Goiânia.