O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu um acidente em casa no sábado, 19 de outubro, ao escorregar e cair no banheiro, resultando em um traumatismo cranioencefálico leve. O ferimento ocorreu na região occipital, localizada na parte de trás da cabeça, área do cérebro responsável pelo processamento visual. Ele foi atendido no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, onde recebeu pontos no local do ferimento e, posteriormente, foi liberado para continuar o acompanhamento médico em casa.
De acordo com o boletim médico, Lula sofreu um “ferimento corto-contuso”, o que indica uma combinação de lesão superficial com contusão cerebral, ou seja, pequenos sangramentos na superfície do cérebro. O neurocirurgião Luiz Severo explicou que esses sangramentos são geralmente benignos, mas é essencial monitorar o paciente nas primeiras 72 horas, período em que o risco de aumento do sangramento ou desenvolvimento de edema cerebral é maior. Isso é ainda mais importante no caso de pacientes idosos, como Lula, que tem 78 anos, devido à fragilidade dos tecidos e vasos sanguíneos.
Ainda não se sabe se o presidente faz uso de anticoagulantes, o que aumentaria o risco de sangramento. No entanto, ele foi aconselhado a descansar, manter-se hidratado e ser monitorado de perto pelos médicos durante esse período crítico. Lula não teve perda de consciência e chegou ao hospital consciente e orientado, sem sinais de alarme graves.
Por recomendação médica, sua viagem à Rússia para participar da cúpula do BRICS foi cancelada. A equipe médica orientou que ele evitasse viagens aéreas de longa distância, devido ao risco de aumento de pressão intracraniana e à necessidade de acompanhamento clínico e exames adicionais, como neuroimagem, para garantir a ausência de complicações.