Um ataque de abelhas causou a morte de seis cachorros e deixou quatro pessoas feridas no Abrigo dos Animais Refugados, em Goiânia, na quarta-feira (16). O incidente ocorreu devido à presença de uma colmeia localizada em uma área de mata atrás do abrigo. De acordo com a voluntária Rayane Araújo Sousa de Godoy, a equipe do abrigo havia solicitado a remoção da colmeia ao Centro de Zoonoses da cidade no dia 3 de outubro, mas não recebeu retorno sobre o pedido.
“Foi um ataque muito violento”, relatou Rayane, enfatizando a gravidade da situação. Quatro dos cachorros morreram imediatamente após o ataque, enquanto os outros dois foram levados a uma clínica veterinária, onde não resistiram aos ferimentos. Além dos animais, quatro voluntários também foram picados pelas abelhas, mas, felizmente, não precisaram de atendimento médico.
Diante da urgência da situação, o abrigo tentou contatar um apicultor particular para realizar a remoção da colmeia. Para isso, a organização arrecadou fundos por meio de uma vaquinha online, mas o ataque ocorreu antes que o profissional conseguisse chegar com os equipamentos adequados.
O Centro de Zoonoses finalmente se deslocou ao local na tarde do dia seguinte ao ataque, mas a demora na resposta foi bastante criticada por Rayane. “Eu juro que nós tentamos, buscamos auxílio há dias, mas o Centro só veio após o pior acontecer”, desabafou.
Esse episódio levanta questões importantes sobre a segurança em abrigos de animais e a necessidade de um protocolo mais ágil para a remoção de colmeias e outros perigos potenciais. Os abrigos, que trabalham para proteger e cuidar de animais vulneráveis, não podem ficar à mercê de atrasos na resposta de serviços públicos, que, muitas vezes, comprometem a segurança dos animais e dos voluntários. Além disso, é essencial que medidas preventivas sejam adotadas para evitar que cocorrência como essa se repitam.