O Governo Lula, por meio do Ministério de Minas e Energia, descartou a adoção do horário de verão em 2024. A informação foi divulgada pelo ministro Alexandre Silveira em coletiva realizada nesta quarta-feira (16).
De acordo com Silveira, a pasta se reuniu com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e concluiu que “a segurança hídrica está garantida”, mesmo diante de uma das maiores estiagens já enfrentadas pelo Brasil. Essa decisão ocorre apesar de um estudo anterior do ONS que indicava uma economia de aproximadamente R$ 400 milhões associada ao horário de verão.
“Graças a algumas medidas que implementamos ao longo do ano, conseguimos manter nossos reservatórios em níveis adequados. Assim, mesmo com a possibilidade de adotar o horário de verão, não estaríamos em situação de emergência energética”, afirmou o ministro.
Ele acrescentou que o horário de verão só seria considerado se fosse essencial, levando em conta seu impacto “na transversalidade da economia nacional”. Contudo, Silveira não descarta a possibilidade de reintroduzir a medida em 2025, após o próximo verão.
Em relação à situação dos reservatórios, o ministro destacou que já é possível perceber uma leve recuperação hídrica no país, embora ainda modesta, e ressaltou que a temporada de chuvas está apenas começando.
Antes de encerrar a coletiva, Silveira lembrou que o horário de verão não é uma prática exclusiva do Brasil, sendo adotada em diversos países. Citou a França como exemplo, onde a mudança nos relógios é realizada para impulsionar a economia local durante esse período.