As autorizações para exploração de nióbio na Amazônia mais do que dobraram no governo de Jair Bolsonaro (PL), informa a Folha de S. Paulo. Ele é um entusiasta do metal.
Dentre as áreas liberadas pela ANM (Agência Nacional de Mineração) para a exploração estão nove assentamentos de reforma agrária e franjas de duas terras indígenas e de uma unidade de conservação federal. Não há evidências de que os assentados tenham sido consultados sobre a liberação.
A exploração mineral em terras indígenas é vedada pela Constituição Federal, o que Bolsonaro tentou mudar em 2020, com um projeto de lei que buscava liberar a prática. O projeto, porém, não avançou.
Não há demanda no mercado que justifique a busca pelo nióbio, usado para tornar ligas metálicas mais leves e resistentes. Atualmente, o Brasil já é o principal produtor do metal, com 88% do total mundial. Jazidas exploradas, principalmente em Minas Gerais, têm material suficiente para abastecer o mercado nas próximas décadas.