Campanha do emedebista Vilela denuncia disparos em massa de notícias falsas e aciona Polícia Civil. Caso pode configurar crime de abuso de poder econômico
Presidente do PL em Goiás, o senador Wilder Morais é suspeito de financiar uma fábrica de fake news direcionada contra o candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB). A denúncia foi formalizada pela coordenação de campanha de Vilela, que já identificou ao menos seis disparos de notícias falsas propagadas em massa por meio de redes sociais, e acionou a Polícia Civil por intermédio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos. O expediente de disparo em massa é proibido pela Justiça Eleitoral.
As postagens, que partiram do perfil ‘Mais Aparecida 62’, trazem informações falsas relacionadas a ocupações irregulares de imóveis no município e alegações fictícias sobre uma suposta disputa por pagamento de pensão. Em outro ataque, o perfil divulgou que Vilela já teria escolhido um secretário de Educação, informação desmentida pela campanha do emedebista. Todas as acusações são absolutamente falsas.
O portal Mais Goiás também emitiu um comunicado informando que “um grupo político de Aparecida de Goiânia vem fazendo uso não autorizado da marca Mais Aparecida, com objetivo de divulgar notícias falsas contra o candidato do MDB neste pleito”. O portal reforça que não tem vínculo com o perfil criado para atacar Leandro Vilela e que acionou o departamento jurídico para providências legais.
De acordo com a legislação eleitoral, a disseminação de fake news para manipular o eleitorado configura crime de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, com potencial para influenciar o resultado eleitoral. Se comprovado o envolvimento de Wilder Morais ou de outros integrantes da campanha do PL em Aparecida, ele e o candidato que se beneficia das informações falsas, Professor Alcides (PL), podem responder a processos na Justiça Eleitoral e sofrer sanções, como multa e até uma eventual inelegibilidade.
A campanha de Leandro Vilela classificou a ação como um ato de desespero e uma tentativa de desviar o foco das discussões políticas. “Esses ataques demonstram a incapacidade de se fazer uma campanha séria e honesta, sem recorrer à difamação e à disseminação de mentiras”, afirmou a assessoria do candidato. A investigação está em curso e deve avançar para identificar todos os envolvidos na rede de disseminação de notícias falsas.