Justiça decreta prisão preventiva de Gusttavo Lima em investigação sobre bets

Cantor teria auxiliado casal de criminosos a fugir do país em voo com origem em Goiânia e destino à Grécia

O cantor Gusttavo Lima teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Pernambuco na tarde desta segunda-feira (23). O artista é suspeito de ter ajudado um casal de investigados na Operação Integration a evadir do país, em uma viagem que teve Goiânia como origem e destino à Grécia.

Segundo a decisão da juíza Andrea Calado da Cruz, José André da Rocha Neto, dono de uma casa de apostas, e sua esposa, Aislla Sabrina Rocha, embarcaram no avião do cantor rumo a Kavala, na Grécia, onde Gusttavo Lima comemorou seu aniversário de 35 anos. No entanto, o casal não retornou na aeronave que voltou a Goiânia no dia 8 de setembro. A Operação Integration foi deflagrada no dia 4 de setembro, resultando na prisão da influenciadora digital Deolane Bezerra e de outros investigados.

José André e Aislla têm mandados de prisão em aberto desde a deflagração da operação no dia 4 de setembro. “É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima (nome verdadeiro de Gusttavo Lima), ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, escreveu a juíza na decisão.

O documento também menciona que o sertanejo seria sócio da Vai de Bet, empresa da qual ele teria adquirido 25% de participação no passado. No entanto, o nome do cantor apareceu pela primeira vez na investigação por conta de um outro avião. A aeronave, um CESSNA 560XLS registrada em nome da empresa Balada Eventos e Produções, do cantor, foi apreendida na operação. O artista, no entanto, alegou que havia vendido o aparelho, sendo o comprador justamente José André.

O desdobramento da operação ocorreu após o Ministério Público devolver à Polícia Civil o inquérito, solicitando a realização de novas diligências. A promotoria também recomendou a substituição das prisões preventivas por medidas cautelares, ampliando o processo de apuração.

Além do mandado de prisão contra o artista, a juíza responsável pelo caso decretou a prisão preventiva de outro suspeito, Bóris Maciel Padilha. Além disso, determinou a suspensão dos passaportes e dos registros de posse e porte de armas dos investigados, como parte das medidas restritivas impostas.

Segundo as redes sociais de Gusttavo Lima, seu próximo compromisso público seria um show na sexta-feira (27), em Marabá (PA). A defesa do cantor emitiu uma nota (leia na íntegra abaixo) refutando as alegações da Justiça.

O que diz Gusttavo Lima:
“A defesa do cantor GUSTTAVO LIMA recebeu na tarde desta segunda-feira (23/09), por meio da mídia, a decisão da Juíza Dra. ANDRÉA CALADO DA CRUZ da 12ª Vara Criminal de Recife/PE que decretou a prisão preventiva do cantor e de outras pessoas e, esclarece que as medidas cabíveis já estão sendo adotadas.

Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.

A inocência do artista será devidamente demonstrada, pois acreditamos na justiça brasileira. O cantor GUSTTAVO LIMA jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia Pernambucana.

Por fim, esclarecemos que os autos tramitam em segredo de justiça e que qualquer violação ao referido instituto será objeto e reparação e responsabilização aos infratores.”