A campanha do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (SD), afundou. Pesquisa do Instituto Serpes de pesquisa apresentou números que apontam a campanha de Cruz como uma das piores da história das eleições não só em Goiás, mas também no Brasil.
Se confirmados os números do Serpes, o prefeito será o único no país que busca reeleição, tem estrutura e trabalho para apresentar, mas que, por incapacidade de se comunicar com a população, fica abaixo de 4% na preferência do eleitorado. No último mês, Rogério caiu de 9% para magérrimos 3,7% no levantamento estimulado.
De acordo com aliados do prefeito, o fracasso de Cruz é creditado na conta do publicitário pernambucano Paulo Moura, conhecido como Paulo Harvard, que chegou a Goiânia com a pompa de professor da famosa universidade americana e pose de celebridade, mas que agora está sendo culpado por uma campanha abaixo da crítica, com erros básicos de comunicação e ausência completa de estratégia.
Ainda no ano passado, tomado por uma arrogância nunca antes vista em solo goiano, Moura fez questão de se apresentar à imprensa, em coletiva convocada pelo próprio publicitário, como estrategista, escritor, professor de universidades internacionais e grande fenômeno do marketing político nacional.
Na entrevista, colocou-se como alguém mais importante que o próprio candidato e despejou teorias mirabolantes, elucubrou conceitos e se insinuou como gênio em terra de tolos.
As campanhas eleitorais têm uma característica própria: no momento inicial de contratação, os mercadores de ilusões surgem e fecham contratos com cifras vultuosas. Depois das primeiras rodadas de pesquisa, quando os resultados aparecem, rapidamente são desmascarados.
Ao que tudo indica, Moura será mais um dos que aparecem, desaparecem e reaparecem em outro lugar na época de eleições. É a sina dos marqueteiros de oportunidade, que ainda encontram terreno fértil onde não são conhecidos. Em Goiânia, ao que tudo indica, Rogério Cruz caiu no conto do vigário marqueteiro de plantão