O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira (26), renovando máxima histórica e voltando a flertar com os 137 mil pontos, em desempenho sustentado pela disparada da Petrobras na esteira do avanço do petróleo no exterior e “upgrade” da recomendação dos papéis da empresa pelo Morgan Stanley.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,94%, a 136.888,71 pontos, novo recorde de fechamento, tendo marcado 137.013,05 pontos na máxima.
PETROBRAS PN saltou 7,26%, para o novo topo de fechamento a R$ 39,57. As ações preferenciais da Petrobras saltaram mais de 7% e as ordinárias mais de 9%. Já a PETROBRAS ON disparou 8,96%, para a máxima histórica de fechamento de R$ 42,92.
Com o salto, a Petrobras ganhou R$ 40,9 bilhões em valor de mercado no pregão desta segunda-feira, montante que equivale ao valor de mercado da Petrorio, segundo a Elos Ayta. Foi a maior valorização diária da ação da petroleira desde 12 de agosto de 2022.
As ações brasileiras permanecem beneficiadas pela procura global por ativos de risco, dada a perspectiva de um corte de juros iminente nos Estados Unidos, que ganhou ainda mais força após declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, na última sexta-feira.
Dados da B3 mostram que as compras de estrangeiros na bolsa paulista superam as vendas em 6 bilhões de reais em agosto até o dia 22. De acordo com analistas do Itaú BBA, no relatório Diário do Grafista, o Ibovespa está em tendência de alta no curto prazo, mas o risco de uma realização de lucros segue na mesa.
O dólar fechou em leve alta ante o real, influenciado por um lado pelo exterior, onde houve certa procura por segurança após o aumento das tensões no Oriente Médio, e por outro pela perspectiva de que o Banco Central vá subir a taxa Selic em setembro.
O dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,24%, cotado a R$ 5,4928. Em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 2,88%.
Os contratos de petróleo fecharam o pregão em alta de mais de 3%, de olho no recrudescimento das tensões no Oriente Médio e após uma interrupção da produção e exportação da commodity na Líbia, que injetou preocupações sobre um possível choque de oferta.